O Brasil é um país de biodiversidade incomparável, abrigando algumas das aves mais raras e fascinantes do mundo. Muitas dessas espécies são endêmicas, ou seja, só podem ser encontradas em território brasileiro.
Neste artigo, exploramos oito aves curiosas que são exclusivas do Brasil, destacando suas características e a importância da conservação de seus habitats.
8 aves curiosas que só podem ser encontradas no Brasil
As informações deste artigo foram retiradas do site WikiAves, a maior plataforma brasileira para observadores de aves. O site conta com informações detalhadas sobre diversas espécies.
Jacupiranga (Penelope pileata)
O jacupiranga, também conhecido como jacu-de-cocoruto-branco, é uma ave da família Cracidae endêmica do Brasil. Habita regiões entre os rios Madeira e Xingu, no Pará, Maranhão e Tocantins. Mede entre 75 e 82,5 cm e pesa entre 1,1 kg e 1,6 kg.

Possui plumagem escura, peito e ventre castanho-avermelhados, uma crista branca e barbela vermelha. Vive nas copas das florestas e se alimenta de frutos, sementes e pequenos invertebrados. A espécie está vulnerável devido à caça e ao desmatamento.
Rapazinho-estriado-do-leste (Nystalus torridus)
O rapazinho-estriado-do-leste é uma ave discreta encontrada ao sul do rio Amazonas, entre o Pará e o Maranhão.

Mede cerca de 20 cm e apresenta peito bege com riscas negras, barriga branca com listras grossas e um bico marrom-amarelado. Alimenta-se de pequenos vertebrados e insetos. Pouco se sabe sobre seus hábitos e reprodução.
Cujubi (Aburria cujubi)
Também chamado de jacu-verdadeiro, o cujubi habita a Amazônia meridional e o sudoeste de Goiás. Mede entre 69 e 76 cm e pesa cerca de 1,3 kg.

Sua plumagem é preta e branca, com barbela vermelha ou azul. Alimenta-se de frutos e flores nas copas das árvores, mas também busca comida no solo. Vive em grupos e emite assobios e sons com as asas.
Jacu-estalo (Neomorphus geoffroyi)
Essa ave rara da Mata Atlântica mede entre 50 e 51 cm e pesa cerca de 340 g. Tem plumagem em tons vibrantes de verde-bronzeado, azul e ferrugem.

Seu canto é um pio baixo, e produz estalos característicos com o bico. Alimenta-se de insetos e inspeciona buracos de tatus e cupinzeiros. Está vulnerável devido à destruição do habitat.
Mutum-de-bico-vermelho (Crax blumenbachii)
Endêmico da Mata Atlântica, o mutum-de-bico-vermelho mede cerca de 84 cm e pesa 3,5 kg. O macho é preto com ventre branco e base do bico vermelha, enquanto a fêmea é ferrugínea.

Alimenta-se de frutos, sementes e pequenos animais. Forma casais monogâmicos, e ambos os pais cuidam dos filhotes. Com apenas cerca de 250 indivíduos na natureza, está em perigo crítico de extinção.
Crejoá (Cotinga maculata)
Ave da família Cotingidae, o crejoá se destaca pelo dorso azul-cobalto, peito roxo e colar de penas azuis. Mede cerca de 20 cm e é frugívora, vivendo nas copas das árvores.

Com população em declínio devido à perda de habitat, está classificada como “Em Perigo”. Sua reprodução ocorre entre outubro e novembro.
Saíra-apunhalada (Nemosia rourei)
Criticamente ameaçada, essa passeriforme mede entre 12,5 e 14 cm e pesa cerca de 22 g. Tem uma mancha vermelha no peito, que contrasta com o corpo branco, asas e cauda negras.

Alimenta-se de artrópodes e constrói ninhos em florestas úmidas. Encontra-se principalmente no Espírito Santo, mas também há registros em Minas Gerais e Rio de Janeiro. O desmatamento é sua principal ameaça.
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Teque-teque (Todirostrum poliocephalum)
Pequena ave passeriforme da Mata Atlântica, o teque-teque mede cerca de 9 cm. Possui cabeça cinza-azulada escura, ventre amarelo e olhos amarelo-ouro.

Alimenta-se de invertebrados e pequenos frutos, construindo ninhos pendulares de aproximadamente 30 cm. Apesar da distribuição restrita, é classificada como “Pouco Preocupante” pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
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