Apaixonados por auroras podem testemunhar um espetáculo impressionante esta semana. O campo magnético da Terra está prestes a ser impactado por um golpe duplo do Sol, o que pode resultar em uma rara exibição de luzes coloridas no céu visíveis em latitudes médias.
Esse evento é causado por duas ejeções de massa coronal (CMEs), que foram lançadas no sábado (12) e no domingo (13) por filamentos magnéticos – e que devem atingir a Terra entre terça (15) e quarta-feira (16).

Nesta segunda (14), o Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) emitiu um alerta, prevendo uma tempestade geomagnética de classe G2 (considerada moderada uma escala de G1 a G5).
A chegada dessas partículas solares pode aumentar significativamente as chances de ver as auroras em regiões mais ao sul do que o normal, como o norte dos EUA e o sul do Canadá.
Twin Filaments launch while crossing through the Earth-Strike Zone! These #solarstorms will likely travel slowly, but they are dense and thus could pack a decent punch! Still waiting for coronagraph data to inform model runs, but impact could be late April 15 or early April 16. pic.twitter.com/TcagnKrcNs
— Dr. Tamitha Skov (@TamithaSkov) April 13, 2025
Tempestade geomagnética pode causar mais que auroras
As CMEs são grandes nuvens de partículas carregadas disparadas do Sol para o espaço. Quando essas partículas estão em direção à Terra e entram em contato com o campo magnético do planeta, elas podem causar tempestades geomagnéticas.
Esses eventos, por sua vez, podem afetar sistemas de satélites, redes elétricas e até mesmo provocar falhas em sistemas de comunicação. No entanto, não são apenas problemas: um efeito fascinante dessas tempestades são as auroras – as luzes coloridas que se formam quando partículas solares interagem com a atmosfera terrestre.

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Embora a previsão seja de que o pico da tempestade aconteça entre terça e quarta, com os efeitos diminuindo após esse período, o clima espacial é imprevisível. Sendo assim, o momento exato da chegada das CMEs não pode ser determinado com precisão. Isso faz com que caçadores de auroras precisem estar atentos e preparados para um possível show no céu a qualquer momento.
Quando CMEs atingem a Terra, a forma como elas interagem com o campo magnético do planeta é crucial. O alinhamento entre os campos magnéticos da Terra e do Sol determina a intensidade das auroras. Se o alinhamento for adequado, o céu pode ser iluminado por um espetáculo impressionante. Caso contrário, o fenômeno pode não ser visível, deixando os observadores desapontados.
Portanto, quem mora no norte dos EUA ou no sul do Canadá deve se preparar para céus espetaculares nos próximos dias. O monitoramento constante dos dados espaciais é essencial para quem deseja aproveitar esse fenômeno natural de tirar o fôlego.
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