6 dicas de segurança para carteiras digitais [Google Wallet, Apple Pay, Samsung Wallet]

Carteiras digitais, como Google Wallet, Apple Pay e Samsung Wallet, se tornaram uma solução prática para quem busca agilidade e segurança nos pagamentos. Elas permitem armazenar cartões de crédito, débito e até bilhetes de transporte em um único app, que funciona diretamente pelo celular ou smartwatch.

Essa tecnologia é baseada em criptografia avançada e tokenização, garantindo que os dados reais do cartão não sejam compartilhados com o estabelecimento.

Esses aplicativos são considerados seguros por padrão, mas a maior vulnerabilidade costuma estar no comportamento dos usuários. Muitos ainda deixam o celular desbloqueado, utilizam senhas simples ou confiam em redes Wi-Fi públicas para realizar transações.

Além disso, golpes digitais estão cada vez mais sofisticados, explorando QR Codes falsos, links maliciosos e técnicas avançadas de phishing para enganar vítimas.

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Se o celular for invadido ou cair em mãos erradas, as carteiras podem virar uma porta de entrada para golpes financeiros. Por isso, investir em boas práticas de segurança é indispensável. Pensando nisso, separamos seis dicas práticas para manter sua carteira digital muito mais segura. Veja a seguir!

Google Wallet
Esses aplicativos são considerados seguros por padrão, mas a maior vulnerabilidade costuma estar no comportamento dos usuários. (Imagem: T. Schneider/Shutterstock)

6 dicas de segurança para proteger sua carteira digital

Mantenha o celular protegido

O primeiro passo para garantir a segurança da sua carteira digital é proteger o dispositivo no qual ela está instalada. Um celular sem bloqueio de tela, por exemplo, facilita que qualquer pessoa tenha acesso direto às suas informações financeiras.

Por isso, ative recursos de autenticação biométrica, como impressão digital ou reconhecimento facial, e defina uma senha forte que não seja fácil de adivinhar. Também configure opções como bloqueio automático após poucos segundos sem uso, evitando que o aparelho fique vulnerável quando não estiver nas suas mãos.

Outro ponto essencial é ativar recursos de rastreamento remoto, como o “Encontrar Meu iPhone” (iOS) ou “Encontrar Meu Dispositivo” (Android), que permitem bloquear ou apagar dados à distância em caso de roubo.

Desative pré-visualizações de mensagens e notificações sensíveis na tela de bloqueio, pois elas podem revelar detalhes financeiros sem necessidade de desbloqueio. Também vale ativar alertas de movimentações financeiras diretamente nos aplicativos de banco e nas carteiras digitais, recebendo notificações em tempo real sobre cada pagamento realizado.

Proteja a sua carteira digital

Os aplicativos de carteira digital oferecem várias ferramentas extras de segurança, como configurar uma senha ou PIN exclusivo para autorizar pagamentos, além da autenticação biométrica do aparelho.

Outro recurso essencial é ativar o 2FA (autenticação em dois fatores), que exige uma segunda confirmação para concluir transações, tornando o processo mais seguro mesmo que o dispositivo seja comprometido. Vale também estabelecer limites para valores de pagamentos, definindo um teto diário ou exigindo confirmação manual em transações mais altas.

Além disso, é importante manter a carteira digital sempre atualizada, pois isso corrige falhas de segurança que podem ser exploradas por criminosos. Revise regularmente os cartões cadastrados, removendo os que não usa mais, e prefira cartões virtuais para compras online, já que eles podem ser substituídos facilmente se houver vazamentos.

Também vale revisar periodicamente o histórico de transações para identificar qualquer atividade suspeita logo no início.

Google Pay Apple Pay
Com o NFC, é possível fazer pagamentos por aproximação com o celular ou smartwatch. (Imagem: Tada Images / Shutterstock)

Desligue o NFC do celular e da carteira quando fora de uso

O NFC é a tecnologia que permite pagamentos por aproximação com o celular ou smartwatch, mas mantê-lo sempre ligado pode representar riscos desnecessários. Em ambientes movimentados, criminosos podem tentar explorar vulnerabilidades, interceptando sinais ou aplicando ataques de “relay”, que replicam o sinal do dispositivo para efetuar compras sem autorização. A prevenção é simples, bastando desativar o NFC quando não estiver utilizando a carteira digital.

Outro ponto de atenção é o modo de pagamento rápido, como o “Express Transit”, que permite pagar sem desbloquear o aparelho. Esse recurso é prático para transporte público, mas pode ser uma vulnerabilidade em caso de roubo, já que permite pagamentos sem autenticação.

O ideal é ativar esse tipo de funcionalidade apenas quando realmente necessário e manter o desbloqueio obrigatório para todas as outras transações.

Caso esteja sem internet, não se conecte a qualquer rede Wi-Fi

As redes Wi-Fi públicas, abertas ou de origem desconhecida são uma das maiores portas de entrada para ataques virtuais. Hackers podem criar pontos de acesso falsos com nomes parecidos com os de redes legítimas, enganando usuários desatentos e capturando dados transmitidos.

Ao usar a carteira digital em redes desse tipo, você corre o risco de expor credenciais e informações sensíveis, mesmo que os aplicativos utilizem criptografia. Então, se estiver sem internet, prefira usar dados móveis, que são muito mais seguros por padrão.

Se não houver outra opção além de uma rede pública, o melhor é evitar realizar transações financeiras ou acessar informações confidenciais. Redes abertas são ambientes inseguros e facilitam ataques de interceptação, permitindo que criminosos monitorem tudo o que você está fazendo. Caso precise mesmo se conectar, use uma VPN, tornando mais difícil que terceiros espionem a conexão.

Apple Pay
Os aplicativos de carteira digital oferecem várias ferramentas extras de segurança, como configurar uma senha ou PIN exclusivo para autorizar pagamentos. (Imagem: nikkimeel/Shutterstock)

Muito cuidado com QR Codes

Criminosos podem colar códigos falsos em cartazes ou caixas de lojas, levando o usuário a páginas fraudulentas para coletar dados bancários ou instalar malware. Em outros casos, esses códigos podem direcionar para aplicativos falsos, criados para roubar informações ou desviar pagamentos.

Essa técnica é eficaz porque a vítima nem sempre verifica o link para onde o QR Code aponta antes de escanear. Por isso, é importante sempre confirmar a origem antes de fazer a leitura.

Outro problema é o uso de aplicativos maliciosos que substituem a tela de QR Code legítima por uma falsa, redirecionando os pagamentos sem que o usuário perceba. Para evitar esse tipo de ataque, utilize apenas os aplicativos oficiais de sua carteira digital ou do banco, que possuem sistemas de verificação contra códigos suspeitos.

Além disso, prefira digitar manualmente links quando possível e desconfie de QR Codes que aparecem em locais improvisados ou fora do contexto.

Lembre-se de usar VPN

A VPN, ou rede privada virtual, é uma ferramenta importante para aumentar a segurança quando você está conectado em redes públicas ou compartilhadas, criando um canal criptografado entre o dispositivo e a internet, dificultando que terceiros espionem dados transmitidos, como senhas e informações financeiras.

Porém, é importante entender que a VPN é apenas uma camada extra de proteção e não substitui outras práticas, como autenticação forte ou atualização dos aplicativos.

Usar uma VPN confiável é útil principalmente em situações em que você precisa acessar aplicativos bancários ou carteiras digitais fora de redes seguras. Essa ferramenta ajuda a reduzir riscos de ataques nos quais hackers interceptam a comunicação entre o dispositivo e o servidor.

Combinada com autenticação em dois fatores e atenção constante às notificações de transação, a VPN se torna uma grande aliada da segurança digital.

Pessoa usando Samsung Wallet num celular Galaxy
O Samsung Wallet é uma das carteiras digitais que permitem armazenar cartões de crédito, débito e até bilhetes de transporte em um único app. (Imagem: Divulgação/Samsung)

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