Nesta sexta-feira (26), às 6h45 da manhã (pelo horário de Brasília), a Lua alcançará a posição mais distante da Terra ao longo de sua órbita ao redor do nosso planeta – ponto chamado pelos astrônomos de apogeu.
A distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho conhecido por elipse. À medida que ela atravessa esse caminho elíptico ao redor do planeta a cada mês, sua distância varia 14%, entre 356.500 km no perigeu (aproximação máxima) e 406.700 km no apogeu.

“Esses valores são médios porque, na prática, variam bastante devido às influências gravitacionais do Sol e dos outros planetas do Sistema Solar” diz Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.
O tamanho angular do astro também varia pelo mesmo fator, bem como seu brilho se altera, embora isso seja difícil de detectar na prática, já que as fases da Lua estão mudando ao mesmo tempo. Desta vez, por exemplo, a Lua estará na fase nova – a primeira do ciclo atual, começando um novo ciclo em 21 de outubro.
Segundo a plataforma InTheSky.org, o tempo do circuito da Lua entre perigeu, apogeu e perigeu novamente é de 27,55 dias – um período de tempo chamado de mês anomalístico. Isso é um pouco mais do que o período orbital do nosso satélite natural (27,322 dias).
Sobre as fases da Lua
A lua nova marca o início do mês em calendários lunares, como o muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o judaico, o hindu e o budista.

Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
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Eclipse lunar revela o invisível no céu da China
No início deste mês, mais da metade da população da Terra pôde testemunhar um eclipse lunar total. Na ocasião, muitas pessoas aproveitaram para registrar o evento (veja algumas imagens aqui). Foi o caso de um fotógrafo na China, que obteve uma das capturas mais espetaculares já vistas do céu.

“Quando o eclipse lunar entrou na fase total, fiquei impressionado com a visão diante de mim”, relatou no Instagram o astrônomo amador Jeff Dai. Além da “Lua de Sangue”, ele conseguiu capturar três maravilhas celestes que só a escuridão permite observar. Saiba detalhes aqui.
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