Após tarifas de Trump, China vai taxar EUA e investigar Google

A China anunciou uma série de medidas tarifárias visando empresas dos Estados Unidos após o governo Donald Trump impor novas taxas sobre produtos do país asiático. Além disso, Pequim informou que vai iniciar uma investigação antitruste que tem o Google como alvo.

A partir de 10 de fevereiro, vão entrar em vigor novas tarifas que variam de 10% a 15% sobre produtos americanos, incluindo carvão, petróleo, automóveis e equipamentos agrícolas, segundo o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China.

Isso pode impactar empresas como Caterpillar, Deere & Co e AGCO, que exportam maquinário para o mercado chinês, de acordo com a agência Reuters. Além disso, a fabricante Tesla, de Elon Musk, pode ser afetada caso receba a autorização regulatória para exportar o modelo “Cybertruck” ao país.

Guerra comercial entre China e EUA se acirra sob Trump (Imagem: Oleksii Liskonih/iStock)

Em outro comunicado, o Ministério do Comércio da China informou que colocou a PVH Corp, holding de marcas como Calvin Klein e Tommy Hilfiger, e a empresa de biotecnologia dos EUA Illumina como “entidades não confiáveis”.

Na prática, as companhias ficam sujeitas a multas e sanções, como a revogação de autorizações de trabalho para funcionários estrangeiros e o congelamento do comércio.

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Google também na mira

A Administração Estatal de Regulamentação de Mercado da China abriu uma investigação para apurar a suspeita de violação da lei antimonopólio pelo Google. Nenhum detalhe sobre qual teria sido a prática foi divulgado até agora.

Fachada do Google
China vai investigar Google por suspeita de violar lei antitruste (Imagem: RYO Alexandre/Shutterstock)

O mecanismo de busca é proibido no país, assim como os produtos da empresa da Alphabet, mas a plataforma trabalha com parceiros e anunciantes, segundo a Reuters. O mercado chinês responde por cerca de 1% da receita global do Google.

A tarifa de 10% anunciada por Trump sobre produtos importados da China entrou em vigor nesta terça-feira (4). O governo republicano recuou das taxações que havia imposto sobre produtos do México e do Canadá após negociar o reforço nas fronteiras com os dois países.

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