A Ford confirmou o corte de 4 mil empregos em seus negócios na Europa e a redução nas estimativas de produção de seus próximos veículos elétricos: Explorer e Capri . Os cortes planejados equivalem a 14% das operações europeias da montadora.
Os mais afetados serão funcionários na Alemanha e Reino Unido, com “reduções mínimas” em outros mercados europeus, anunciou a empresa.
Os EVs Explorer e Capri são montados na fábrica da Ford em Colônia, Alemanha, o centro dos esforços da montadora para se tornar totalmente elétrica no continente até 2030. Mas esse plano encontrou obstáculos, forçando a empresa a recuar enquanto explora suas opções.
O aumento da concorrência das montadoras chinesas também alimentou as reduções da Ford. Os reguladores europeus aumentaram as tarifas sobre as importações chinesas para tentar conter o fluxo de carros elétricos mais baratos para o continente.
O CFO da Ford, John Lawler, disse em comunicado que falta na Europa e na Alemanha “uma agenda política clara para promover a mobilidade elétrica, como investimentos públicos em infraestrutura de carregamento” e mais incentivos fiscais para consumidores mudarem para veículos eletrificados.
Mercado de carros elétricos em queda na Europa
A notícia chega num momento em que os veículos elétricos enfrentam obstáculos econômicos, forçando muitas montadoras a repensar suas estratégias. Também acontece em um momento difícil para a Ford.
- O mercado de EV enfrenta dificuldades na Europa;
- As vendas de novos EVs na Alemanha, por exemplo, caíram quase 37% em julho de 2024 em relação ao mesmo mês do ano passado;
- O governo alemão encerrou recentemente seu programa de subsídios para EVs, que havia fornecido até € 6.000 para a compra de novos carros elétricos e híbridos plug-in;
- Enquanto isso, a participação da Ford no mercado europeu de automóveis de passeio caiu para apenas 3,3% nos primeiros nove meses — de 4,1% no mesmo período do ano passado, segundo a Bloomberg;
- A empresa também pausou recentemente a produção da picape elétrica F-150 Lightning até depois do ano novo em resposta à demanda abaixo do esperado.
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