Uma das certezas que o mercado tinha para 2025 era o lançamento da quarta geração do iPhone SE, o celular mais acessível da Apple. O assunto ganhou destaque em praticamente todos os sites gringos de tecnologia, que seguiam a dica do conceituado Mark Gurman, da Bloomberg, um dos maiores especialistas na maçã do mundo.
Só que a Apple pegou todo mundo de surpresa quando apresentou oficialmente, na última semana, o novo iPhone 16e. Mais do que isso: a companhia anunciou que o modelo seria o “sucessor” da linha SE.
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Os dois smartphones são bem diferentes, sobretudo no quesito preço. Enquanto a terceira geração da linha SE custava em torno de US$ 429, o novo 16e sai a partir de US$ 599. É um salto gigantesco de quase 40%!
Com esse movimento, a Apple praticamente abandona o mercado de celulares de entrada. Ou acessíveis. Ou mais baratos – chame do que quiser. Não que US$ 429 seja pouco, mas é bem menos do que os outros modelos da marca.
A pergunta que fica agora é: o que teria motivado a gigante a adotar essa estratégia? É isso que tentamos desvendar nas linhas a seguir.

De olho nos números
- Num primeiro, a decisão de aposentar seu modelo mais econômico parece ruim, certo?
- Estamos falando em abrir mão de uma parcela expressiva da população mundial, de gente que quer ter um iPhone, mas não tem dinheiro para isso.
- Acontece que a Apple não acredita que esse seja o seu público.
- Pelo menos é isso que mostram os números.
- Dados da empresa Consumer Intelligence Research Partners sugerem que a linha SE representou apenas 5% das vendas de iPhone nos EUA no último trimestre do ano passado.
- Globalmente, a conta é ainda menor: o SE representou apenas 1% das vendas de iPhone no ano passado, de acordo com a Counterpoint Research.
- É verdade que a Apple pode perder espaço em mercados emergentes, como a Índia, a China e o Brasil.
- A empresa, no entanto, está disposta a correr esse risco – e se ancora em dados.
- Historicamente, os modelos acessíveis da Apple não foram um sucesso.
- O iPhone Mini, por exemplo, não durou duas temporadas.
- E agora a linha SE (que foi longeva até) foi para o banco de reservas.
- A exceção foi o iPhone XR, que chegou a ser o aparelho da Apple mais vendido do mundo à época (no terceiro trimestre de 2019).
- A diferença do XR para esses outros é que ele não ficava tão atrás do modelo de ponta da geração.
- E é isso que a Apple tenta repetir agora com o 16e.

Um iPhone “acessível”, mas poderoso
Assim como foi com o XR, o novo iPhone 16e não fica tão atrás dos primos ricos. O seu design é mais moderno e a tela é de um iPhone tradicional: OLED de 6,1 polegadas – ou seja, uma tela grande, bem maior do que as dos antigos modelos SE.
A novidade traz ainda o fim definitivo do Touch ID. No lugar da tecnologia de reconhecimento de impressões digitais, o novo dispositivo aposta no Face ID – já comum nos modelos mais modernos da marca.
Outra diferença é que o 16e vem com o chip A18 (um chipset de ponta, presente nos iPhones 16 tradicionais) e vem também com compatibilidade com a Apple Intelligence.
Sim, algumas coisas são inferiores – e só assim a empresa consegue diminuir o preço. A câmera, por exemplo. O iPhone 16e traz apenas uma câmera traseira de 48 megapixels. Agora, apesar da ausência de sensores adicionais, ela é bem decente e inclui estabilização óptica de imagem e aprimoramentos no modo Noturno.

Ah, o aparelho ainda oferece suporte a carregamento sem fio e é resistente à água com certificação IP.
O novo iPhone 16e estará disponível para pré-venda no Brasil em 28 de fevereiro, com preços a partir de R$ 5.799.
Ele virá nas cores preto ou branco e o valor vai variar de acordo com o armazenamento:
- 128 GB (R$ 5.799);
- 256 GB (R$ 6.599);
- 512 GB (R$ 8.099).
As informações são da CNN Internacional.
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