NASA encontra “coral” em Marte com o rover Curiosity

Já falamos aqui sobre o branqueamento dos corais e como esses animais (sim, eles são animais) são importantes para os oceanos do nosso planeta. Mas e fora dele? A rocha encontrada em Marte pelo rover Curiosity no último dia 24 deixou muita gente intrigada pela semelhança com um coral.

Apesar da aparência, que é ainda mais acentuada pelo registro em preto e branco feito com o Remote Micro Imager do Curiosity (uma câmera telescópica de alta resolução montada no rover), a formação é apenas uma rocha e não tem relação com os corais da Terra — exceto pelo formato.

O rover Curiosity descobriu o que parece ser coral em Marte. (Crédito da imagem: Laboratório de Propulsão a Jato da NASA)

Coral em Marte?

Segundo a NASA, em uma declaração no último dia 4 de agosto, a rocha foi formada por água antiga combinada com bilhões de anos de erosão causada pelo vento. Outras formações semelhantes já foram vistas no Planeta Vermelho.

“O Curiosity encontrou muitas pequenas formações como esta, que se formaram bilhões de anos atrás, quando ainda havia água líquida em Marte”, disse a NASA.

“A água carregou minerais dissolvidos para dentro das rachaduras da rocha e, posteriormente, secou, deixando para trás os minerais endurecidos. Éons de erosão pelo vento desgastaram a rocha circundante, produzindo as formas únicas vistas hoje”, completou a agência espacial.

Rochas curiosas em Marte não são novidade. O Perseverance, por exemplo, já flagrou  uma rocha com formato de cobra, um eclipse solar, os destroços de seu próprio sistema de pouso, e até mesmo “uma porção de espaguete” e um “boneco de neve”. 

Coletânea com as 36 perfurações para coleta de amostras feitas em Marte pelo rover Curiosity. Créditos: NASA/JPL-Caltech/MSSS

Rover faz aniversário em Marte

No último dia 5 o Curiosity fez aniversário. Há pouco mais de 13 anos a agência pousava em Marte a espaçonave Mars Science Laboratory (MSL), uma sonda que levava em seu interior o rover, um jipe robô projetado para explorar o Planeta Vermelho.

A missão foi originalmente programada para durar um ano marciano, o equivalente a pouco menos de dois anos terrestres, mas a longevidade do rover superou (e muito) as expectativas. Ele já percorreu mais de 35 km, captou mais de 709 mil imagens e coletou 42 amostras, que nos deram informações valiosas sobre a geologia e a história de Marte.

Com 2,2 m de altura, 2,7m de largura, 3 m de comprimento e pesando em torno de 900 kg, o rover Curiosity tem uma vida útil limitada apenas pela durabilidade de seus componentes mecânicos, que estão em bom estado, e sua fonte de energia, um Gerador Termoelétrico de Radioisótopos Multimissão (MMRTG), que funciona à base de plutônio. 

Não havendo uma falha mecânica mais grave, o veículo deve continuar explorando Marte por pelo menos mais um ano, já que a previsão de tempo de funcionamento do MMRTG é de 14 anos (no mínimo).

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