Nvidia bate projeções e fatura US$ 46,7 bi em receita trimestral

A Nvidia divulgou nesta quarta-feira (27) seus resultados financeiros do segundo trimestre fiscal, após o fechamento do mercado. A fabricante de chips, que se tornou a empresa mais valiosa do mundo, também sinalizou que espera manter o ritmo de crescimento no trimestre atual, impulsionada pela demanda por chips usados em aplicações de inteligência artificial.

A companhia superou as previsões de Wall Street em lucro por ação e receita, consolidando uma sequência de forte crescimento impulsionada pela demanda por GPUs em aplicações de IA generativa.

Apesar dos números positivos, as ações da Nvidia caíram no after market. O mercado reagiu de forma cautelosa às projeções da empresa e ao cenário regulatório envolvendo suas vendas para a China.

Resultados da Nvidia ficaram acima das projeções

  • De acordo com dados divulgados pela Nvidia, o lucro por ação ajustado ficou em US$ 1,05, acima da estimativa de US$ 1,01 projetada por analistas consultados pela LSEG.
  • A receita do período alcançou US$ 46,74 bilhões, também acima da expectativa de US$ 46,06 bilhões.
  • O lucro líquido foi de US$ 25,78 bilhões, um salto de 59% em relação ao mesmo período de 2025.
  • A receita total cresceu 56% na comparação anual, confirmando a força do segmento de data centers, que sozinho gerou US$ 41,1 bilhões no período.
  • Esse desempenho reforça a trajetória de expansão da empresa, que já vinha apresentando altas expressivas desde a popularização do ChatGPT, em 2022, quando a procura por chips de alto desempenho cresceu de forma acelerada.

Data centers no centro do crescimento

A área de data centers continua sendo o pilar da companhia, respondendo por quase 90% das vendas. Segundo a Nvidia, a divisão registrou crescimento de 56% na comparação anual, com grande participação de provedores de nuvem que já estão adquirindo os novos chips Blackwell.

As vendas da linha Blackwell subiram 17% em relação ao trimestre anterior e chegaram a representar cerca de 70% da receita de data centers, com US$ 27 bilhões em faturamento desde o lançamento.

Data centers no centro do crescimento

A área de data centers continua sendo o pilar da companhia, respondendo por quase 90% das vendas. Segundo a Nvidia, a divisão registrou crescimento de 56% na comparação anual, com grande participação de provedores de nuvem que já estão adquirindo os novos chips Blackwell.

As vendas da linha Blackwell subiram 17% em relação ao trimestre anterior e chegaram a representar cerca de 70% da receita de data centers, com US$ 27 bilhões em faturamento desde o lançamento.

Negócios na China e chips H20

Um dos pontos de atenção segue sendo a comercialização do chip H20 na China. A Nvidia não vendeu unidades do modelo no segundo trimestre devido às restrições de exportação, o que gerou baixa contábil de US$ 4,5 bilhões. Segundo a empresa, se o produto estivesse disponível no período, poderia ter adicionado US$ 8 bilhões em vendas.

Ainda assim, a companhia conseguiu liberar US$ 180 milhões em estoque do H20 para um cliente fora da China. Após encontro com o presidente Donald Trump, a Nvidia indicou esperar licenças dos EUA para retomar exportações ao mercado chinês.

Outras divisões em crescimento

Além dos data centers, a área de games registrou receita de US$ 4,3 bilhões, alta de 49% na comparação anual. A Nvidia também destacou que suas GPUs voltadas para jogos estão sendo ajustadas para rodar determinados modelos da OpenAI diretamente em computadores pessoais.

Outro segmento mencionado pela companhia foi a divisão de robótica, que embora ainda represente uma fatia pequena do negócio, apresentou US$ 586 milhões em vendas no trimestre, com alta de 69% na comparação anual.

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Perspectivas da Nvidia para o próximo trimestre

Para o terceiro trimestre fiscal, a Nvidia projeta receita de US$ 54 bilhões, com margem de 2% para mais ou para menos. O número supera a previsão de US$ 53,1 bilhões feita por analistas da LSEG, mas não inclui possíveis vendas do H20 para a China.

A empresa também anunciou que o conselho aprovou um novo programa de recompra de ações de US$ 60 bilhões, sem prazo de validade. No segundo trimestre, a Nvidia recomprou US$ 9,7 bilhões em papéis próprios.

A expectativa é que a companhia siga no centro da corrida global pela infraestrutura de inteligência artificial, ao mesmo tempo em que enfrenta incertezas no mercado de tecnologia chinês, o maior do mundo depois dos Estados Unidos.

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