Neste sábado (4), a Terra vai atingir o periélio, que é o ponto de sua órbita mais próximo do Sol. Como se sabe, nosso planeta, assim como todos os outros do Sistema Solar, circunda o astro em um movimento chamado de translação.
Ocorre que essa “voltinha” que os planetas dão em torno do Sol não é um círculo perfeito, mas sim um caminho ligeiramente oval conhecido como elipse. Dessa forma, a distância entre a Terra, por exemplo, e a nossa estrela hospedeira varia cerca de 3% ao longo do ano.

De acordo com o guia astronômico InTheSky.org, o momento exato em que a Terra alcançará o periélio será às 10h28 da manhã (pelo horário de Brasília), quando estiver a 0,9833 unidades astronômicas (UA) do Sol – uma distância equivalente a 147.495 km.
Proximidade da Terra em relação ao Sol traz dias mais quentes?
Ainda segundo a plataforma, a Terra chega ao periélio todos os anos mais ou menos no mesmo dia. Embora no hemisfério sul isso sempre aconteça no verão, não é a distância do planeta em relação ao Sol quem dita as estações do ano (afinal, mesmo estando igualmente próximo do astro, no hemisfério norte agora é inverno).
As variações anuais no clima são causadas inteiramente pela inclinação do eixo de rotação da Terra, e não por qualquer mudança em sua distância do Sol.
Tanto para observadores posicionados no hemisfério norte, onde é inverno, quanto no hemisfério sul, onde é verão, nos dias próximos ao periélio o Sol aparece ligeiramente maior no céu do que em qualquer outra época do ano, emitindo mais radiação para a Terra.
Daqui a cerca de seis meses, vai acontecer o contrário: a Terra estará mais longe do Sol, que aparecerá menor no céu. Também nessa época, vamos receber menos radiação do astro. O instante exato em que o nosso planeta vai atingir o afélio (ponto de sua órbita mais distante do Sol) será no dia 3 de julho, às 16h54.

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O que aconteceria sem afélio e periélio?
Se a órbita da Terra fosse um círculo perfeito, as estações teriam a mesma duração. Atualmente, primavera e verão são alguns dias mais longos que outono e inverno no Hemisfério Norte (e o contrário no Hemisfério Sul).
No entanto, se a órbita da Terra se tornasse mais excêntrica, as consequências seriam graves. As estações no Hemisfério Sul se tornariam extremas: verões insuportavelmente quentes e invernos extremamente frios, colocando em risco a existência da humanidade.
Portanto, agradeça pelo nosso planeta (por enquanto) estar em um ponto ideal.
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