O uso dos chamados cigarros eletrônicos se tornará proibido no Reino Unido na metade deste ano. No entanto, um projeto de lei que tramita no parlamento do país poderia liberar a comercialização de sabores e embalagens para crianças.
As autoridades de saúde britânicas já manifestaram preocupações sobre este assunto. Em função disso, o governo vai realizar uma investigação para analisar quais os efeitos de longo prazo do uso dos “vapes” em crianças de até oito anos de idade.
Vapes podem prejudicar desenvolvimento dos pulmões
Pesquisas apontam que o consumo de cigarros eletrônicos tem aumentando entre os menores de idade, o que gera temores sobre os impactos disso à saúde deles. Cerca de um quarto das crianças de 11 a 15 anos já experimentou o produto.
O estudo acompanhará 100 mil pessoas com idades entre 8 e 18 anos durante o período de 10 anos, coletando dados sobre comportamento e biologia, bem como registros de saúde. Um dos principais temores é o de que os vapes coloquem em risco os pulmões ainda em desenvolvimento, bem como o cérebro de crianças.

Diversas pesquisas já identificaram que os cigarros eletrônicos aumentam a probabilidade de infarto, de lesões pulmonares agudas, de insuficiência cardíaca e até de desenvolvimento de câncer. Cientistas ainda destacam que alguns usuários apresentaram alterações no DNA e maior exposição a metais pesados, aumentando o risco de intoxicação.
Pesquisadores ainda destacam que, embora a vaporização exponha os usuários a menos produtos químicos tóxicos do que os cigarros tradicionais, os vapes ainda podem ser prejudiciais à função vascular e à saúde geral dos usuários.
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Produtos são proibidos no Brasil
- Aqui no Brasil, a comercialização, fabricação, importação, transporte, armazenamento e propaganda de cigarros eletrônicos são vedadas desde 2009.
- No ano passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a se debruçar sobre o assunto e, por decisão unânime, votaram pela manutenção das regras.
- Diversas autoridades de saúde afirmam que os cigarros eletrônicos viciam assim como os cigarros convencionais.
- Só que eles têm um agravante: podem liberar doses muito maiores de nicotina e outras substâncias.
- A indústria dos vapes, por sua vez, alega que os estudos ainda são muito recentes e defende que o dispositivo pode ajudar quem tenta parar de fumar.
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