Saiba por que a fusão entre Honda e Nissan foi cancelada

As negociações para a fusão entre a Honda e a Nissan, duas das maiores fabricantes de veículos do mundo, fracassaram. O negócio estava avaliado em US$ 50 bilhões (mais de R$ 250 bilhões) e geraria um dos maiores conglomerados automotivos do mundo.

As empresas anunciaram, em dezembro do ano passado, que estudavam o acordo para se tornarem competitivas em um mercado com cada vez mais marcas chinesas e veículos elétricos. O planejamento era que o negócio fosse concluído até 2026, mas ele acabou sendo cancelado na última semana.

Colaboração entre as marcas vai continuar

  • Após o fim das negociações, Honda e Nissan informaram que vão continuar colaborando para o desenvolvimento de softwares e carros elétricos, mas de maneira separada.
  • Essa seria a maior fusão da indústria desde a criação da Stellantis, em 2021.
  • Na época, houve a junção da Fiat Chrysler com a PSA Group, responsável por marcas como Citroën e Peugeot.
  • No fim das contas, a Honda descartou a fusão e ofereceu uma opção de comprar a Nissan.
  • A oferta foi rejeitada e as empresas acabaram cancelando o negócio após mais algumas semanas de negociações.
Logo da Honda em um carro
Honda chegou a oferecer uma opção de comprar a Nissan, mas proposta foi recusada (Imagem: Best Auto Photo/Shutterstock)

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Nissan ficou revoltada com proposta da Honda

De acordo com o The Japan News, a Honda pediu que a Nissan abandonasse seu sistema híbrido em favor do dela. Essa proposta foi recebida com forte oposição, inviabilizando qualquer tipo de acordo entre as partes.

Apesar de suas dificuldades financeiras, a Nissan vem investindo pesado no seu sistema e-Power, se preparando para uma terceira geração da tecnologia. A ideia é que ela seja 20% mais eficiente e 15% mais econômica do que a configuração original lançada em 2016.

nissan
Nissan não aceitou abrir mão de seu sistema e-Power (Imagem: Alexiushan/Shutterstock)

Embora combine um motor a combustão e um elétrico, o propulsor a gasolina atua apenas como gerador, carregando a bateria que alimenta o motor elétrico. A montadora afirma que os modelos e-Power oferecem a experiência de um carro elétrico.

Segundo a publicação da imprensa japonesa, a ideia de perder autonomia e virar uma empresa que comercializa um mesmo veículo sob duas ou mais marcas diferentes foi considerada inaceitável pela montadora.

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